Confira um comparativo mesmo entre os modelos e como a empresa pode se preparar e entender qual é o melhor para o tipo de atividade que seus colaboradores realizam.

Home office ou presencial? Como escolher

4 Abril 2022

Com a retomada, qual o melhor modelo para seu negócio? Acompanhe no artigo pós e contras de cada um

Quando a pandemia começou em março de 2020, sem dar aviso, as empresas que puderam rapidamente mandaram suas forças de trabalho para exercer suas funções em casa.

De acordo com um estudo da Fundação Instituto de Administração, 46% das pequenas, médias e grandes empresas adotaram o modelo de home office. 

Agora que a população está vacinada e que a Covid-19 dá uma trégua, os RHs das companhias enfrentam um dilema: é melhor, afinal, manter seus colaboradores no trabalho remoto, voltar todo mundo para o escritório ou adotar o modelo híbrido?

Aqui você vai encontrar:

As vantagens de cada um dos modelos

Claro que todos os modelos de trabalho – remoto, presencial e híbrido – têm vantagens, assim como desvantagens.

No home office, não perdemos tempo em deslocamentos, estamos perto da família, podemos usar os benefícios da assincronicidade e organizar nossa agenda para, por exemplo, fazer uma aula de ioga no meio do expediente.

“A experiência foi bastante desigual para os colaboradores”, diz Fabiana Galetol, diretora de RH da Sodexo Benefícios e Incentivos. “Algumas pessoas que não tinham infraestrutura em casa, como um local adequado e internet de qualidade, sofreram no home office.”

Notamos, também, a falta que o escritório fazia. “Ao longo desses dois anos, a gente começou a perceber que o presencial tem valor, o remoto tem valor, mas tem um modelo que é uma combinação dos dois, o híbrido – e que se, soubermos fazer bom uso, é o melhor para o profissional”, ela diz.

Quer saber mais sobre o trabalho híbrido e para que tipo de negócio ele funciona melhor? Preparamos um vídeo em que as diretoras de RH explicam isso.

Como funciona o trabalho híbrido?

Neste cenário, não faz sentido mais o colaborador ir para o escritório se for para ficar horas e horas em uma sala sozinho trabalhando sentado no computador. Se é um momento de concentração assim, melhor ele ficar trabalhando remotamente.

“O modelo de escritório agora é um modelo para colaboração, para conexão. É interessante ver inclusive como é o desenho arquitetônico desses novos escritórios”, diz Fabiana. 

“Há espaços agradáveis em que ocorre a troca, como cafés; salas de colaboração, que são abertas, para o trabalho em conjunto; 'quiet rooms', as salas silenciosas, para eventuais ligações.” Isso sem contar as salas de reuniões híbridas.

Segundo ela, a mentalidade “remote first”, ou primeiro o remoto, deve fazer parte da rotina das organizações. “É preciso cuidar para que a experiência seja a mesma para quem está presencialmente e em casa. A comunicação assíncrona passa, portanto, a ser fundamental neste modelo.”

Uma boa prática é, segundo Daniela Dall'acqua, diretora de RH da Metlife, estabelecer que, em alguns casos, as reuniões sejam 100% online, mesmo para quem está no presencial. 

“Ainda que da reunião participem 100 pessoas, e 80 delas estejam no escritório, ela vai ser online para todos. Dessa forma, os 20 que estão em casa podem ter a mesma experiência e não se sentem excluídos”, explica.

As tendências do trabalho híbrido

Em março, a Microsoft divulgou a segunda parte de seu relatório anual Índice de Tendências do Trabalho, chamado “Grandes Expectativas: permitindo que o trabalho híbrido funcione.”

Ele parte do princípio de que não somos mais as mesmas pessoas que trabalhavam no início de 2020. “Os últimos dois anos deixaram uma marca duradoura, mudando fundamentalmente a forma como as pessoas definem o papel do trabalho em suas vidas”, afirma.

O documento traz algumas tendências, levantadas após um estudo que envolveu entrevistas com 31 mil pessoas de 31 países, incluindo aí o Brasil, além de análises de trilhões de sinais de produtividade do Microsoft 365 e tendências de trabalho do LinkedIn. Três delas são:

Os colaboradores têm uma nova equação do que vale a pena

Necessidades, identidades e visão de mundo foram remodeladas na pandemia e hoje a maior parte das pessoas está propensa a priorizar sua saúde e bem-estar em detrimento do trabalho. Muitos querem também mudar de emprego por isso e, excluindo o salário, eles consideram que o empregador deve oferecer ao menos essas três coisas importantes:

  • benefícios ou políticas que priorizem a saúde e o bem-estar
  • cultura positiva no local de trabalho 
  • oportunidades de aprendizagem para desenvolver novas habilidades 

Os líderes devem fazer a ida até o escritório valer o descolamento

Os gestores precisam reimaginar o modelo dos escritórios e ter clareza sobre quando, como e por que os colaboradores devem ir até lá. Salas de reunião devem ser reformuladas para serem mais amigáveis ao trabalho híbrido, adicionando tecnologias e mudando o layout/mobiliário. Poucas empresas até agora, no entanto, criaram acordos com as equipes para a definição de quando e por que ir ao escritório.

Home office, presencial ou híbrido: como escolher o modelo para sua empresa?

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Trabalho híbrido não significa estar sempre “on”

Os sinais e dados captados pela Microsoft mostram que a produtividade no trabalho remoto vai bem, obrigada. O desafio agora é combater a “exaustão digital”, já que o trabalho aumentou no pós-expediente e nos finais de semana. Além disso, as reuniões ainda ocupam muito tempo. Algumas empresas têm revisto a necessidade de resolver tudo por meio delas e adotado dois ou três dias da semana em que elas não podem ser marcadas.